sexta-feira, 27 de julho de 2007

NÃO ENTRE EM PÂNICO


"Se a filha de Bill Gates não consegue ligar seu computador, ela entra em pânico? Não! Você, que tem um Deus que tudo entende e tudo pode ao seu lado, também não deveria entrar em pânico!"


Max Lucado, O Salvador mora ao lado.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

INTOLERÂNCIA ESPANHOLA CONTRA O DI




Há tempos, evolucionistas têm reagido violentamente para desmoralizar os proponentes da teoria do Design Inteligente (DI). O DI é apontado como não-científico, uma vez que sua base contraria os pressupostos materialistas, nos quais as Ciências Naturais modernamente se apóiam. Para o DI, a Natureza, por sua complexidade estrutural, principalmente me organismos vivos, contêm indícios de um planejamento, o que requer a existência de um Planejador.

No blog do Discovery Institute, que reúne pesquisadores unidos em torno do DI, foi noticiado que o preconceito ao DI não se restringe à lingua Inglesa (o que nós brasileiros já sabíamos a duras penas!...); a matéria denunciava a chamada em um blog espanhol "Creacionismo Go Home" (cujo sentido poderia ser traduzido como "Saia daqui/vá embora criacionismo").

O site "El PaleoFreak" é um exemplo de como a intolerância darwinista ultrapassa as fronteiras internacionais, para demarcar outra fronteira: a do coração humano.



Leia a matéria em seu contexto original

quarta-feira, 25 de julho de 2007

GENOCÍDIO - DEUS ESTAVA NO CONTROLE?


O presente artido, do Dr. Ruben Aguilar, é uma resposta complementar ao debate iniciado com um texto que publicamos anteriormente.


Genocídio,

é um crime contra a humanidade; que consiste em matar, destruir; é também, submeter grupos sociais ou étnicos a condições de vida que causem seu aniquilamento; adotar medidas que evitem o nascimento de prole de grupos sociais. A motivação para efetuar qualquer manifestação de genocídio é de natureza ideológica, principalmente política, social e até religiosa. Ex. a matança de São Bartolomeu, contra os Huguenotes; o holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial; a matança de sérvios na divisão da Iugoslávia; a matança de povos da Indonésia por forças do exército vermelho, etc.

Segundo esse conceito, também podemos admitir que alguns eventos registrados na Bíblia sejam atos de Genocídio; ex.: a destruição de Damasco, durante o reinado de Rezim da Síria. No entanto, ao considerar as matanças registradas na Bíblia, deve-se tomar em conta que existe uma princípio Divino que gera essa atitude; e que não é de natureza política, social ou religiosa. Esse princípio é o Juízo Divino.

Após a desobediência do primeiro homem, a humanidade ficou sujeita à morte; não como um evento natural, mas como um ato de Juízo: “a alma que pecar, essa morrerá...” Ez. 18:20. Mas Deus não elimina imediatamente ao desobediente; pois a este lhe concede um período de vida para o exercício do arrependimento. No entanto, essa tolerância Divina, é limitada pelo própria transgressão humana: “por três transgressões de ... e por quatro, não sustarei o castigo” Amos 1: 3,6,9,11,13. Isso significa que Deus tolera, figurativamente, três transgressões; mas na quarta, sobrevem o castigo, a morte.

O limite da tolerância Divina terá uma manifestação definitiva no Juízo final, onde toda a humanidade será julgada. No entanto, o V.T. registra que já houve manifestações pequenas desse julgamento final. Alguns exemplos: o Dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, a destruição de Samaria, a queda de Nínive, a destruição de Jerusalém, a queda da Babilônia, a destruição das nações cananitas do tempo de Josué. Esses “genocídios”, segundo o registro bíblico, foram desígnios diretos da vontade Divina, como manifestação da Sua Justiça. Em todos esses casos de destruição, a causa é a transgressão e por terem ultrapassado o limite da tolerância Divina.

Devemos notar que na execução do Juízo Divino, são usados diversos instrumentos de destruição como: água, fogo, fenômenos naturais como granizo, exércitos organizados.

No caso específico da destruição dos povos de Cancã, podem se apontar algumas razões como:


  • A pecaminosidade desses povos ultrapassou o limite da tolerância Divina;

  • Eliminar a religião do paganismo para evitar a contaminação ao povo de Deus. Os cultos pagãos eram primordialmente, práticas de sensualidade;

  • Demonstrar o poder de Deus; sendo que as batalhas entre nações eram consideradas como batalhas entre os deuses. O deus derrotado era considerado fraco. A destruição dessas nações era para que outros povos reconhecessem que o Deus de Israel é verdadeiramente Deus poderoso.

Ruben Aguilar, Ph.D.Professor de Antigo Testamento e história do cristianismo do curso de Teologia do UnaspCentro Universitário Adventista,Campus Engenheiro Coelho (SP)


sábado, 21 de julho de 2007

SHOWS CRISTÃOS: CULTO, ENTRETENIMENTO OU MUNDANISMO?



No ano passado, grandes cidades brasileiras receberam a presença do cantor gospel David Phelps, em uma turnê pelo nosso país, patrocinada por uma empresa que promove eventos, administrada por um adventista do sétimo dia. Além disso, a própria ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento de Recursos Assistenciais) recebeu alimentos doados à entrada de cada apresentação, e um pastor adventista participou do evento através de mensagens faladas.
Antes de Phelps tivemos a presença de outros nomes fortes da música evangélica cristã no Brasil: em 2005, Take Six e Michael Smith fizeram shows em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, entre outras cidades. Isso sem contar a presença dos tenores Steve Green e Larnelle Harris, convidados de honra de dois aniversários do UNASP campus II (respectivamente, 10 e 15 anos). Isso nos leva a ter a certeza de que outros shows virão.
Todavia, seria adequado para o cristão envolver-se com esse tipo de evento? Quão válidos são os shows de artistas cristãos do ponto de vista espiritual? Ou seriam mero entretenimento, sem qualquer tipo de implicação negativa para a vida cristã? Este artigo tece algumas observações sobre os aspectos dos shows cristãos de uma forma geral, sem se ater à análise de um cantor ou grupo em especial. Alguns exemplos são citados como forma de elucidar cada ponto da argumentação. O objetivo principal é abrir a discussão sobre um fenômeno que recentemente tem se tornado parte da vida social dos adventistas do sétimo dia; contudo, apesar do foco denominacional, acreditamos que a abordagem favoreça o debate no contexto de outros grupos cristãos evangélicos.

CONSIDERAÇÕES CULTURAIS

É bom definirmos que, por show, nos referimos a uma apresentação artística. Assim entendemos significar a palavra para a maioria dos brasileiros. Sabemos que, em Inglês, show é um termo mais geral, que significa apresentação, não especificamente artística.
Cabe outra pergunta: em que os shows de cantores cristãos diferem do de intérpretes seculares, em questão de estilo musical, produção, figurino e ambiente? São vistas mais semelhanças ou contrastes no comparativo?
É notável que diversos cantores cristãos contemporâneos se vestem e se apresentam de forma próxima aos padrões dos demais cantores pop. O próprio David Phelps frequentemente é visto usando joias extravagantes. Como adventistas, acreditamos na orientação apostólica para não usarmos vestuário dispendioso e ornamento chamativo (I Pe 3:3). Como querer manter o princípio bíblico e passá-los aos jovens e adolescentes se os cantores cristãos que eles acompanham não seguem esses mesmos valores?
Também notamos que coreografias e danças fazem parte dos shows cristãos. Alguns cantores são acompanhados por bailarinos em suas apresentações. A maioria das igrejas protestantes tradicionais não compartilha da admissão desse elemento em seus cultos. Porém, alguns poderiam objetar, alegando que a Bíblia menciona a dança de Davi perante a arca do Senhor; isso proviria um precedente para validar a dança como adoração. Notemos o que a escritora Ellen White afirma sobre o assunto:

A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são sacrificadas ao prazer. Para os que frequentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembleia deles.
Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. (Patriarcas e Profetas, 313-314.)

Dada a diferença significativa entre a espontânea e inocente coreografia do rei-salmista e a prática sensual em que se tornou a dança, não podemos fazer do exemplo de Davi um modelo para a tornar prática da dança livremente aceitável.
Para mim, o mais curioso é que as músicas de maioria de artistas cristãos poderia ser incluída dentro do gênero pop, ou seja, música altamente comercial, do mesmo tipo que se ouve nas FMs seculares.
O próprio Bill Gaither, no último DVD lançado pelo seu badalado quarteto The Gaither Vocal Band fez uma confissão curiosa: o compositor Kim Willians, que havia feito trabalhos com cantores do country music americana (como Reba Mcentire, George Jones e Garth Brooks, entre outros), compôs uma das faixas gravadas no DVD em questão, em parceria com Benjamim Gaither, filho de Bill. A música The Love can turning the World, traduz a mensagem cristã de modo soft, falando de generalidades, como amor, aceitação, e mencionando muito pouco Jesus. Não se poderia esperar uma joia espiritual proveniente de um compositor secular!
Não apenas o estilo é secular, mas, em muitos casos, parte do repertório também! Em um mega-show patrocinado pela Sociedade Bíblica Americana, o extinto quarteto 4 Him, em determinado momento, cantou um dos sucessos do grupo Bee Gees. Cantores como Phelps também já entoaram música secular e isso tem se tornado lugar comum entre músicos evangélicos.
Aqui no Brasil temos muitos exemplos e extraídos de adventistas do sétimo dia! A cantora Tatiana Costa lançou seu CD/DVD intitulado Faça a Diferença. Num dueto com o cantor Leonardo Gonçalves, eles regravam um dos sucessos da canadense Celine Dion. Até no clip da música em questão, Sou seu anjo, Tatiana se veste de branco, como a própria Celine no vídeo original. Fica difícil fazer a diferença quando se tenta ser igual...
Outra cantora adventista, a conhecida Alessandra Samadello, foi pivô de uma polêmica quando compareceu no programa da apresentadora Hebe Camargo e, sem qualquer menção ao fato de ser cristã, começou a cantar música popular brasileira, na tentativa de promover um show que faria em São Paulo.
Além dos aspectos mencionados anteriormente, o maior perigo, no entanto, é que o show se centralize na pessoa do artista, ou em algum traço de sua pessoa, como carisma, técnica vocal, etc. Isto significa que o louvor está sendo dado a homens e Deus vem a ser roubado de Sua glória. O Senhor não divide o palco com ninguém – ou Lhe damos todo o louvor ou Ele fica sem louvor nenhum!
Pelos aspectos que acabamos de ver, fica claro que o atual padrão de shows cristãos, do ponto de vista cultural, não diferem de forma significativa de shows seculares e muito menos se pautam pelos padrões bíblicos de conduta ou adoração. Ainda assim, queremos analisar o assunto da adoração de forma separada.

LENÇO NA MÃO E PRÓXIMO DE DEUS

Uma amiga minha compareceu ao show de Michael Smith e disse que a apresentação a elevou espiritualmente. Desde que se voltou para o gênero de Worships (hinos curtos, de estrutura musical pobre e bem emocionais), Michael se tornou uma referência internacional. Ele e cantores de worship influenciam do Ministério Diante do Trono ao Ministério de Louvor do Pr. Fernando Iglesias.
Minha esposa me relatou recentemente que, ao ouvir as músicas do DVD comemorativo de 20 anos de louvor de Luís Cláudio reconheceu não apenas as mesmas músicas de Michel Smith, mas o mesmo clima emocional, com direito a aleluias e palmas.
Sem percebermos, os shows de artistas evangélicos influenciam os nossos e, por tabela, a forma de nossos cantores se apresentarem dentro de nossas igrejas. Porém, temos nos esquecido de que a forma de adorar a Deus se relaciona com o entendimento que temos de Sua pessoa. Uma adoração emocional não reflete a santidade do Deus da Bíblia. Não quero dizer que a adoração tenha que ser "fria", emocionalmente distante, apenas racional; mas necessita se pautar pelo respeito à Pessoa Divina, nos termos que a Bíblia estabelece. Sairmos emocionados de um show não implica em um encontro real com Deus. Nossas emoções nunca foram base segura para medir nossa comunhão com Deus (Jeremias 17:3, I João 3:20).
Ainda assim, alguns pensam que essa forma de programa possa servir para atrair não-cristãos para Deus. Será?

A ISCA CERTA

Se uma pessoa tem predileção por gêneros musicais tais como rock, axé, samba, tecno, pop, hip-hop, não seria mais lógico atraí-la para Cristo colocando uma letra cristã no gênero musical de sua preferência?
Por mais razoável que isso soe, trata-se, em verdade, de uma inversão de valores. Primeiro porque a música no culto tem a função principal de expressar nossa adoração a Deus, tendo, portanto, de estar fundamentada naquilo que agrada ao Senhor (expressando sentimentos como reverência, entrega, submissão, paz, etc). Qualquer influência de ritmos seculares compromete a adoração e não pode servir para uma atuação ideal do Espírito (uso o adjetivo "ideal" porque muitas vezes o Espírito até pode usar algo que fuja do ideal para a Sua glória, sem que essa ressalva anule o princípio).
Note, porém, que quando a adoração é praticada de forma ideal os descrentes são, consequentemente influenciados:

Vi que todos devem cantar com o espírito e com o entendimento também. Deus não Se agrada de algaravia e dissonância. O correto é sempre mais agradável a Ele que o errado. E quanto mais perto o povo de Deus se puder aproximar do canto correto, harmonioso, tanto mais é Ele glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos favoravelmente impressionados."(Evangelismo, 508, grifos meus).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nenhum lugar da Bíblia ou do Espírito de Profecia os cristãos são proibidos de realizarem programas musicais fora do contexto de uma igreja local, como num anfiteatro ou ginásio, por exemplo; agora, tendo visto o que apresentamos acima, devem ser feitas as devidas considerações sobre o caráter do evento para que o nome de nosso Salvador não seja desonrado. Devemos igualmente julgar o ambiente, caráter e produção das apresentações ditas "gospel" antes de, inadvertidamente, comprarmos o ingresso. Temos de ter sabedoria, porque, a medida em que o tempo avança, mais Satanás trabalha para misturar sentimentos mundanas com as práticas do verdadeiro cristianismo.


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SUFOCANDO A VOZ DE DEUS


Bem-vindo ao novo reality-show da televisão brasileira – 24 horas com o profeta! Durante nossos próximos programas estaremos acompanhando cada momento do dia de um servo de Deus. Ele se encontra confinado em sua caverna, onde estão instaladas 10 câmeras, para não perdemos nada – desde o momento em que pela manhã ele lava a sua longa barba num lago, até quando tem suas visões espetaculares.

Parece justamente que agora neste instante, novos participantes estão entrando na casa. Vamos acompanhar isto de perto:

“E ele lhes disse: Passai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o Senhor me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram com Balãao.”Números 22:8.
No episódio anterior, o povo de Israel avançava vitoriosamente em direção às planícies de Moabe. Não muito longe do local da batalha, Balaque, um rei moabita, acompanhava a cobertura completa do evento pela TV a cabo. E o que viu não lhe deixou satisfeito. Uma rápida consulta ao mapa da região indicava que a próxima rota por onde o exército israelita passaria era justamente a sua terra! Champlin comenta um pouco sobre como as notícias devem ter chegado ao temeroso Balaque:

“Embora os antigos não dispusessem de meios de comunicação em massa, eles contavam com rotas comerciais, espiões e mensageiros. E assim as notícias varavam distâncias com bastante rapidez. A matança sofrida pelos amorreus chamaram a atenção de Balaque.”

Eis a pior notícia que Balaque poderia receber: Israel era um povo que tinha uma sombra de quarenta anos de vitória quando chegou na planície de Moabe!

A LIGA EXTRAORDINÁRIA

Mais do que depressa, Balaque formou uma liga Moabe-Midiã para enfrentar aquele desafio (v.4). Depois de alguma burocracia, os representantes de ambos os lados chegaram a um consenso sobre o que fazer:

“Enviou ele [Balaque] mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio Eufrates, na terra dos filhos de do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra e está morando defronte de mim. Vem pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar da terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.” Números 22:5 e 6.

Para Balaque e seus aliados, a única forma de conter o avanço do povo santo era amaldiçoá-lo. Para o serviço, ele tinha o homem certo: Balaão. Esperando que o encantador de aluguel cumprisse com o esperado, o rei Balaque assinou um cheque para o “preço dos encantamentos” (Números 22:7).

E foi justamente aí neste ponto que começamos! Neste exato momento, os emissários de Balaque estão entrando na escura caverna de uma personalidade curiosa; estamos falando de um homem que apesar de falar com Deus será pago para amaldiçoar o povo de Deus!

Ao receber a comissão de Balaque, Balaão exibe suas qualificações profissionais. Seus ouvidos escutam avidamente a proposta e seus olhos erguem-se diante do brilho das jóias preciosas. Mas há um detalhe: Balaão não é um embusteiro – não, senhor! Ali estava alguém que, de fato, tinha conhecimento (ao menos parcial) sobre o Deus Verdadeiro. Balaão sabe que terá de levar o assunto ao Senhor antes de assinar o contrato.

Esta é uma daquelas ocasiões solenes com as quais a Palavra de Deus nos brinda: um homem irá conversar com o Todo-Poderoso. Não tenho dúvidas de que Deus ainda continua falando a nós hoje – apenas as formas de Se comunicar conosco mudaram. Se é verdade que ganhamos toda vez em que paramos para ouvir a voz do Senhor, também é verdade que ganhamos igualmente ao considerar o que Deus comunicou a outras pessoas e está conservado nas Sagradas Escrituras.

Acompanhe comigo este diálogo. Tenho certeza de que as frases divinas continuam capazes de inspirar muitas reflexões, como fizeram com Balaão.
TRÊS IMPORTANTES RECADOS

Embora a oferta fosse muito atraente, Balaão não estava disposto a aceitá-la antes de consultar a Deus. Por isso, os mensageiros de Balaque foram obrigados a passarem aquela noite com o profeta. Somente pela manhã, Balaão lhes daria uma reposta. Naquela mesma noite, a Bíblia afirma que “Veio Deus a Balaão e disse: Quem são estes homens contigo?” Números 22:9.

Você não acha isto curioso? Por que um Deus que sabe de todas as coisas teria necessidade de pedir informação a respeito de alguém? O Senhor realmente precisava que Balaão lhe explicasse quem eram os seus hóspedes? Penso que não. Aquilo era apenas uma antiga estratégia divina.
Tome como exemplo a queda do homem. Ao pecar, Adão corre para detrás de um arbusto. Passeando pelo jardim do Éden, na “viração do dia”, Deus se dirige à Sua criatura: “Ei, Adão! Pode parar de se esconder, seu rebelde! Já o achei, e agora vamos conversar sobre o que você fez.” É assim que está escrito na sua Bíblia? Ah, é claro que não!

Quando o homem pecou, a primeira coisa que Deus lhe disse foi “Onde estás?” (Gênesis 3:9). Desde então, parece que Deus tem usado de perguntas, mesmo quando conhece as respostas. Através de perguntas, o Criador dá a oportunidade para que a criatura reflita em suas ações.

Num outro diálogo famoso, Deus pergunta a Caim a razão para o seu semblante estar alterado (Gen. 4:6), ainda que conhecesse o ódio que ele nutria por seu irmão Abel. Para o profeta desanimado, Deus dirige uma pergunta incisa: “Que fazes aqui, Elias?” (I Reis 19:13). Perguntar sempre fez parte da estratégia divina para alcançar o homem.

“Quem são estes homens contigo, Balaão? Com que tipo de gente você está andando? A que influências você está se expondo?” Deus nos ama tanto que, ainda hoje, tem Se preocupado quando damos a algo que nos afasta dEle permissão para entrar em nossa mente.

É comum que em nosso meio social, estejamos em contato com pessoas que não respeitam a Deus e aos Seus mandamentos. Isso não pode ser desconsiderado. “As más conversações corrompem os bons costumes”, dizia o apóstolo.

Os ambientes que freqüentamos, a literatura que escolhemos, os programas televisivos a que assistimos, os sites nos quais navegamos – todas essas coisas exercem influência sobre nós, seja em maior ou menor grau.

Você não pode decidir como determinada hábito irá afetar a sua vida – mas pode decidir se quer ou não manter tal hábito. Se, por exemplo, certo tipo de música não vem contribuindo para o seu crescimento espiritual, você não poderá lutar contra os seus efeitos sobre a sua mente enquanto persistir em escutá-la; parar de ouvi-la é bem mais fácil!

Você pode até pensar: “Mas o que posso fazer quando aquilo que me rodeia me sugere pensamentos impróprios e eu não vejo um jeito para evitá-los?”; “Como escapar da influência mundana, quando sou o único cristão no meu ambiente de trabalho?”; “É possível resistir à sensualidade em meio a um campus universitário?”

A Bíblia nos ensina a não fazer nenhuma associação deliberada com algo ou alguém que possa nos afastar de Deus. Mas, ao mesmo tempo, Deus nos assegura graça especial para resistirmos à tentação. O que Deus não faz é conceder Seu auxílio para aquele que por sua própria conta e risco se expõe ao mal, conhecendo o risco de se afastar de dEle. Justamente esse era o caso de Balaão.

Balaão tinha um discurso preparado. Sabia o que dizer para o Todo-Poderoso. Ele tentou ao máximo enrolar e desconversar. “Homens aqui na minha casa? Ah sim, como eu pude me esquecer! Esse pessoal só está de passagem – vieram pedir para que eu amaldiçoe o Seu povo, nada demais…”Deus não “caiu na conversa”.

“[…] não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado.” Números 22:12.

Era uma ordem: “Não, Balaão, por mais que você queira, Eu não o deixo partir.” Reconhecer a Cristo como nosso Senhor engloba aceitar o Seu plano específico para nós como melhor do que a nossa vontade. Deus é sempre Soberano. Quando Ele nos diz: “ponha os pés na estrada”, devemos nos apressar; mas quando a ordem for ficar e esperar, esse é o melhor a ser feito.

Numa ocasião, eu caminhava pelas ruas de São Luís, em direção ao endereço de um pequeno grupo, quando o Senhor me falou: “Vá e ore com aquele homem.” Fiquei assustado; não conhecia o homem, nem achei que poderia simplesmente dizer: “Deus me mandou aqui para orar com você.” Passei reto, mas a mesma voz continuava: “Volte e ore com aquele homem.” Eu voltei – perguntei as horas e fui embora sem-graça.

Mas a mesma voz persistia: “Não mandei você perguntar as horas; volte e ore com aquele homem.” Pela segunda vez eu voltei e tornei a conversar com aquele homem. Descobri que ele era segurança de um prédio e evangélico. Ali mesmo, no seu lugar de trabalho, nós dois oramos. Nunca mais me encontrei com ele, mas Deus tinha os Seus motivos quando me fez parar e orar com o homem.

Muito a contra-gosto, Balaão acordou cedo e teve de despedir os porta-vozes de Balaque. Por mais que em seu coração quisesse ser um “amaldiçoador temporário”, Balaão não o pode – Deus lhe proibira. Quando sua delegação retornou sozinha, Balaque julgou que a recusa de Balaão fosse uma forma de barganhar seus préstimos.

Uma nova comitiva é enviada – ainda mais imponente do que a primeira. O rei moabita rasgou o cheque anterior e preencheu uma nova folha, contendo algarismos bem mais atraentes. E a cena se repete: uma nova comissão bate a porta do lar do profeta. Novamente Balaão, que conhecia qual era a vontade de Jeová, persistiu em seu pretexto de consultá-Lo – porém, o que o vidente queria era a Sua permissão para ir.

“Veio, pois, o Senhor a Balaão, de noite e disse-lhe: Se aqueles homens vieram chamar-te, vai com eles; todavia, farás somente o que eu te disser.” Números 22:20.

Da primeira vez, a voz divina emitira uma ordem direta: “Não irás!” Agora, o Senhor nem ao menos Se esforça para convencer Balaão a não ir. Afinal, Sua vontade era bem sabida; a questão não estava no campo do conhecimento e, sim, das decisões.

Você e eu fomos feitos livres para decidir por qualquer coisa que queiramos. Algumas escolhas são mera “questão de gosto”: camisa branca ou vermelha? Férias na praia ou no campo? Pêssego ou morango? Qualquer reposta para este tipo de pergunta afetará sua vida com menor ou maior impacto. Mas existem outras decisões que podem definir o nosso relacionamento com Deus e, conseqüentemente, nosso destino eterno.

Nosso Senhor respeita as escolhas que fazemos, até quando são equivocadas. Nosso Pai de Amor não interfere ao ver o momento em que, a despeito da luz que temos, você e eu preferimos o prazer ao correto, o fácil ao lícito ou o popular ao justo.

Naquele instante, Balaão não estava buscando uma direção da parte de Deus, porque isto ele possuía. Seu esforço foi no sentido de convencer Deus a mudar de idéia. Seria tão bom se Deus nos ouvisse mais, não é? Como gostaríamos de ver o sinal verde para todos os nossos desejos!

Gosto de como o Senhor lida com esse impulso humano. Balaão argumenta e Deus nada Lhe acrescenta. Não se fazia necessário. Deus estava dizendo o seguinte: “Balaão, você sabe o que penso a respeito. Mas se você quer tanto ir, vá, seu teimoso! Eu não me responsabilizo pelo que pode acontecer, porque Eu avisei você.”

Deus não nos impede de pecar. Se clamamos quando tentados, temos todo auxílio celestial. O cristão jamais tem razão para se sentir desamparado. Mas, se desconsideramos a verdade conhecida e seguimos os néons do pecado, nenhum anjo segura nossos pés.

A CAMPANHIA ESTÁ TOCANDO…

Você e eu não estamos num reality show, cercados por câmeras transmitindo nossa vida em tempo real a telespectadores curiosos. Nem por isso estamos sozinhos. Há um Deus, que do alto em que habita, toma tempo para nos acompanhar em cada lance da jornada.

Deus não nos vigia para nos punir no primeiro erro cometido. Ele quer mesmo é oferecer Seus largos ombros para chorarmos a perda de um ente querido. Quer nos abraçar e sorrir conosco ao alcançamos uma promoção ou passamos no vestibular. Quer participar de nossa vida e auxiliar na tomada de decisões positivas.

Talvez você queira um pouco mais de tempo para pensar, antes de assumir um compromisso que parece – e de fato é – tão sério; mas como você suportaria mais um minuto sequer completamente perdido numa estrada sem placas, quando o Melhor Guia lhe oferece os Seus serviços?

A demora pode custar mais sofrimentos. Compensa se apegar à âncora do orgulho se o barco está afundando?

O maior privilégio de que alguém pode desfrutar é conhecer a vontade de Deus e corresponder a ela. Aliás, quem afirma isto é o próprio Todo-Poderoso:

“Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” Jeremias 9:23 e 24.

Agora mesmo você está ouvindo? É a campanhia. As mãos eternas estão batendo palmas. Você escuta Alguém chamando o seu nome de forma amável. Deus quer entrar em sua vida. Seria você capaz de abafar a voz de Quem enfrentou a tortura, o desprezo, a afronta, os maus-tratos e a cruz em seu lugar?
Por que não se render ao Salvador Jesus sem esperar mais?

quarta-feira, 18 de julho de 2007

ÀS VITIMAS DO VÔO TAM 3054




Conforta, Senhor
Na hora em que as palavras
Nada significam;

Soluciona a dor
Que a perda provoca,
Pois só Tu o podes.

Dá aos ombros murchos
Teu toque completo,
Encorajando a alma.

Tu sofreste a cruz,
E sofres conosco
Nossas próprias cruzes;

Pelo que pedimos:
Cuida dos que choram,
Pois só Tu o podes.



terça-feira, 17 de julho de 2007

O EVOLUCIONISTA QUE ENTREGOU O OURO



“Poderíamos dizer que o darwinismo funciona como religião alternativa. É exatamente o que diz Michael Ruse, filósofo de ciências. Ruse é evolucionista pugnaz e agressivo, que, em 1982, testemunhou em tribunal contra o estatuto criacionista do Estado de Arkansas. Nessa ocasião, conversou com Duane Gish, famoso criacionista, que o imprensou contra a parede. ‘O problema com os evolucionistas é que vocês não jogam limpo’, disse-lhe Gish. Vocês nos acusam de ensinar uma opinião religiosa, mas ‘vocês, evolucionistas, são a seu modo igualmente religiosos. O cristianismo fala de onde viemos, para onde vamos e o que devemos fazer enquanto isso. Desafio-o a mostrar qual é a diferença com a evolução. A evolução fala de onde você veio, para onde vai e o que fazer enquanto isso.’[1] Em suma, a evolução funciona como religião.

“O comentário irritou Ruse, que não pôde tirar isso da mente. No fim, deu-se conta de que Gish na verdade estava com a razão, que a evolução é ‘mais que mera ciência’, como disse em recente artigo. ‘A evolução veio a ser como um tipo de ideologia secular, substituto explícito do cristianismo.’ Mesmo hoje, ‘é promulgada como ideologia, uma religião secular – uma alternativa madura ao cristianismo, com significado e moral’.

“Ruse se apressa em garantir aos leitores que ele continua sendo “um evolucionista ardente e ex-cristão’. Contudo, ‘tenho de admitir que nesta querela… os literalistas [bíblicos] estão absolutamente certos. A evolução é uma religião. Desde o princípio foi assim, e ainda hoje é verdade’.[2]

“Ruse anunciou seu novo discernimento na reunião anual de 1993 da Associação Americana para o Avanço da Ciência (sigla em inglês AAAS), onde sua apresentação foi recebida com um silêncio aturdido. Um relatório da conferência publicado por um grupo defensor da evolução ficou imaginando: ‘Será que Michael Ruse Entregou o Ouro?’[3]

“Mas Ruse não estava fazendo alegações precipitadas. Ele as fundamentava com exemplos incontestáveis, citando pessoas como Stephen Jay Gould, que afirmou que a evolução ‘liberta o espírito humano’. Por pura provocação, acrescentou Gould, a evolução ‘bate qualquer mito das origens humanas por anos-luz’. Visto que a história evolutiva é contingente de modo completo, ‘em sentido plenamente literal, devemos nossa existência, como mamíferos grandes e racionais, a nossas estrelas da sorte’.[4]

“‘Se isto não for concorrente ao ensino judaico-cristão tradicional’, comenta Ruse de maneira perversa, ‘não sei o que é.’”[5]
Nancy Pearcey
Extraído de "Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural", p. 193

[1] Citado em Michael Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”, National Post, 13 de maio de 2000, p. B-3.[2] Ruse, ib. Ruse usa a mesma argumentação no seu mais recente livro, Mystery of Mysteries: Is Evolucion a Social Construction? (Cambridge, Massuchusetts: Havard University Press, 1999).[3] Ver Tom Woodward, “Ruse Gives Away the Store, Admits Evolution Is a Philosophy”, em http://www.leaderu.com/real/ri9404/ruse.html.[4] Citado em Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”. Em outro lugar, Gould foi explícito ao descrever o darwinismo como substituto da religião: “A evolução substituiu a explicação naturalista de consolo desinteressado por nossa convicção anterior de que uma deidade benevolente nos formou diretamente segundo sua própria imagem” (Stephen Jay Gould, “Introduction”, em: Carl Zimmer, Evolucion: The Triumph of na Idea [Nova York: HarperCollins, 2001], p.xi).[5] Ruse, “Saving Darwinism from the Darwinians”.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

TORTURA SEM CENSURA


No artigo "Tortura é normal" (da crítica Isabela Boscov, publicado em Veja, de 11 de Julho de 2007), é feita uma crítica à uma situação envolvendo tortura, em um filme voltado para o público infantil. A película em questão é "Quarteto Fantástico e o Sufista Prateado", baseado nos quadrinhos que Stan Lee ( o mesmo de Hulk e Homem Aranha) criou para a Marvel Comics.
Quando o surfista em questão, um arauto de uma entitade cósmica que devora mundos aparece em nosso planeta, é feito prisioneiro de militares americanos, que, de acordo com o artigo "... o submetem a um interrogatório que, alerta o general responsável, envolverá a violação dos direitos humanos. 'Felizmente', completa o general, 'você não é humano'."
O próprio artigo questiona como uma situação dessas pode estar presente em um filme censurado para crianças de até 10 anos. E conclui "Que pareça normal, à maioria dos críticos, que ele se utilize da tortura como artifício narrativo diz mais sobre o estado das nações - ou das nações - do que todos os ensaios publicados sobre o assunto nos últimos anos."
"E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.", disse o nosso Salvador.
Não deixa de ser curioso notar que o Surfista prateado representa Galactus, uma entidade cósmica conhecida como "o devorador de mundos"; trata-se de um ser que se alimenta de planetas e que envia "arautos"para escolher suas vítimas. A ficção reproduz as noções de deidades pagãs, sempre dispostas a vir à Terra para causar o mal ou exigir algo (para o seu próprio proveito) do ser humano. O Deus verdadeiro veio ao nosso planeta, mas com o intuito de salvar e beneficiar, não para tirar proveito. Que espécies de valores estamos deixando chegar aos nossos filhos através de "inocentes" filmes?

segunda-feira, 9 de julho de 2007

ADORADO INIMIGO



"Faminta pálida e aos prantos." Nenhuma mãe gostaria de ver sua filha assim. Mas a história era outra; vê-la já era um milagre. A polícia havia interrogado 700 donos de vãs desde que Natascha Kampusch fora colocada à força dentro de uma. Em 2 de Março de 1998 alguém sequestrou a menina de 10 anos em Viena. As investigações austríacas se estenderam até à Hungria. O tempo fez fenecerem as esperanças. 8 anos depois, moradores de Strasshof, a 16 Km de Viena, ressuscitaram a fé da família: Natascha foi localizada próximo a um jardim. Wolfgang Priklopil, um parente distante de Natascha, manteve-a em um compartimento de 6m² e 1,8m de altura, vigiada por uma câmera. Permitia à menina que lesse jornais e ouvisse o rádio. As restrições à TV eram maiores. Wolfgang assustava a menina dizendo que a casa estava cercada por explosivos - tentasse ela fugir e boommm!! Mil pedacinhos de Natascha se espalhariam pela terra de Mozart. Mas a bravata que funcionou com uma menina e 10 anos estava com a data de validade vencida: Natascha encontrou a porta aberta e fugiu.
O curioso em tudo isto é que as autoridades acreditam que a garota desenvolveu a chamada Síndrome de Estocolmo; tal síndrome é responsável pelo sentimento e simpatia que a vítima manifesta em relação ao seu agressor. [1] Natascha até admitiu ter tido "contato sexual" com Wolfgang, sem querer entrar em detalhes sobre o assunto. [2]
Como poderia aquela moça envolver-se com alguém que lhe roubou uma infância natural ao lado dos pais? O que a levou a ser cúmplice de seu maior inimigo?
Mas isto acontece também de outra forma com você, percebe? Leia com atenção:

"Desceu Sansão a Timnate; e vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus, subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, dizendo: Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus; agora pois, tomai-ma por mulher. Responderam-lhe, porém, seu pai e sua mãe: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o nosso povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse, porém, Sansão a seu pai: Toma esta para mim, porque ela muito me agrada.... Desceu, pois, seu pai à casa da mulher; e Sansão fez ali um banquete, porque assim os mancebos costumavam fazer. E sucedeu que, quando os habitantes do lugar o viram, trouxeram trinta companheiros para estarem com ele." (Jz 14:1-3, 10 -11).

Sansão deveria odiar os filisteus. Deveriam ser seus inimigos. Nas horas vagas, um retrato dos filisteus pendurado na porta do quarto de Sansão serviria para que ele treinasse tiro-ao-alvo. Mas não! Encontramos Sansão totalmente envolvido com o inimigo. Suas amizades, relacionamentos, interesses e entretenimento - até seus valores - estavam recebendo a interferência daqueles que, na teoria, eram seus antagonistas. Na verdade, Sansão simpatizou-se com eles.

E você? Cuidado! O pecado tem a aparência agradável, mas não se engane. Satanás é um terrorista e, quer você se simpatize com ele, isto apenas tornará seu trabalho de seduzi-lo ainda mais fácil. Apegue-se a Jesus, o único que Se preocupa com o nosso bem eterno.



[1] Apesar dessa história ter sido coberta pela imprensa nacional e internacional, consultei especialmente o Diário Catarinense, ano 21, n. 7.434, 25 de Agosto de 2006.

[2] Disponível em .


domingo, 8 de julho de 2007

MÚSICA ACEITÁVEL



"[...]Um resumo do que podemos extrair da Bíblia e dos escritos de Ellen White, orienta-nos que a música na igreja deve ter as seguintes características:

  • Glorificar a Deus e ajudar-nos a render-Lhe um culto aceitável (I Cor. 10:31).

  • Enobrecer, elevar e purificar os pensaementos do cristão (Fil. 4:8).

  • Influenciar positivamente o cristão, para desenvolver em sua vida e na de outros o caráter de Cristo (Manuscristo 57, 1906).

  • Possuir uma letra cujos dizeres estejam em harmonia com os ensinos da Igreja (Review & Herald, 06/06/12).

  • Revelar compatibilidade entre mensagem expressa pelas palavras e a música, evitando a mistura do sagrado com o profano.

  • Evitar apresentações suntuosas e teatrais (Evangelismo, pp. 137 e 138).

  • Dar preeminência à mensagem do texto que não deve ser ofuscada pelos elementos musicais acompanhantes (Obreiros Evangélicos, pp. 357 e 358).

  • manter um judicioso equilíbrio entre os elementos emocionais, intelectuais e espirituais (Review & Herald, 14/11/1899).

  • Jamais comprometer os elevados princípios da dignidade e da excelência nos esforços por alcançar as pessoas no nível em que se encontram (Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, p. 143).

  • Ser apropriada para a ocasião, o ambiente e a audiência à qual se destina (Evangelismo, p. 507 e 508)."


Horne P. Silva

D. Min., professor de teologia, jubilado.

Trecho do artigo "Adoração Aceitável", Ministério, ano 73, n° 3, Mai./Jun. 2002

DEVERÍAMOS JAMAIS JULGAR A OUTROS?





Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7:1). Significa isto que não podemos pronunciar julgamento contra o pecado ou disciplinar uma pessoa que agiu erradamente?
A passagem é um dos grandes ditos de Jesus no Sermão da Montanha. Obviamente Jesus não pretendia que não podemos fazer escolhas ou distinções entre o bem e o mal. Nem queria Ele dizer que devíamos tolerar o pecado ou fechar os olhos para lapsos morais. Pois no verso 6 do mesmo capítulo Ele diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas”. Este dito implica precisamos fazer julgamentos sobre a definição de um cão ou um porco. Isso quer dizer que a Bíblia nunca proíbe uma pessoa ou um grupo distinguir entre o certo e o errado; nem proíbe medida disciplinar contra o que é considerado errado, pecaminoso ou inaceitável.
Daí, Paulo em I Coríntios 5 advertir a igreja que trate firmemente “no nome de nosso Senhor Jesus” com um certo indivíduo que tem estado a viver em pecado aberto e instou: “Tirai, pois, de entre vós, a esse iníquo” (versos 1-13).
Assim o dito de Jesus não pode ser compreendido como se significasse que nós como indivíduos ou um grupo de crentes não devêssemos condenar o pecado ou disciplinar os que erram — seja na igreja, na escola ou em família. Nem devia o dito de Jesus ser interpretado como se seres humanos não tivessem o direito de julgar. Se ninguém pudesse julgar a outros, não haveria tribunais, nem um julgamento por quebrar a lei, nenhuma justiça e nenhum castigo. Uma sociedade sem a habilidade de julgar seus membros por violação de sua lei mergulharia no caos e acabaria se destruindo. Mesmo dentro da limitação do conhecimento e da compreensão de humanos, há necessidade de julgamento.
O que o texto proíbe, portanto, não é julgamento mas o hábito de julgar — aquela atitude arrogante pela qual a pessoa assume um ar de superioridade sobre outros, comprazendo-se habitualmente em crítica e em nutrir um espírito implacável vis-à-vis de outros enquanto ignora a mesma falta em si, aquela hipocrisia que vê um argueiro no olho de um irmão enquanto é cego à trave em seu próprio olho (verso 3). Ellen White chama de farisaico este espírito de crítica, e aconselha: “Não vos ponhais como norma. Não façais de vossas opiniões, vossos pontos de vista quanto ao dever, vossas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em vosso coração se não atingem vosso ideal. Não critiqueis a outros, conjeturando os seus motivos, e formando juízos” (O Maior Discurso de Cristo, p. 124).
Embora devamos nos resguardar do espírito de crítica, não devemos deixar de proteger a saúde moral e espiritual do corpo de Cristo, que inclui a nós também. É por isso que Jesus advertiu em Mateus 7: “Acautelai-vos... dos falsos profetas… Por seus frutos os conhecereis” (versos 15-20). Proteger-se de falsos profetas e examinar a natureza dos “frutos” que as pessoas produzem envolve um discernimento espiritual que é diferente do hábito de criticar e censurar. Uma linha clara precisa ser traçada entre avaliação ética e crítica motivada, entre censura visando condenação e disciplina visando redenção.
Jesus ainda nos adverte contra sermos juízes zelosos sobre outros. A Bíblia frequentemente usa as palavras julgar ou julgamento em termos da salvação final de um ser humano. Somos excluídos dessa área. “Não julgueis” certamente nos proíbe pronunciar julgamento quanto à salvação final de um indivíduo, não importa quão pecaminoso ele seja. A aptidão de uma pessoa para a vida eterna é algo que será decidido somente por Deus.

John M. Fowler
(Ed.D., Andrews University) é diretor associado de educação para a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e editor de Diálogo.