sexta-feira, 5 de junho de 2009

A SINCRONIA ENTRE OBAMA E O PAPA

O presidente americano Barack Obama fez um discurso considerado histórico na Unviersidade do Cairo, hoje pela manhã (04-06-2009). Ele propôs um novo começo para as relações entre o Islã e os Estados Unidos, um começo pela paz. Dise ele: “Vim para o Cairo em busca de um novo começo entre os Estados Unidos e os muçulmanos do mundo todo, um começo baseado no interesse e no respeito mútuos, e baseado ainda na verdade fundamental de que Estados Unidos e Islã não são entidades excludentes e não precisam competir. Ao contrário, eles convergem e compartilham dos mesmos princípios - os princípios da justiça e do progresso; da tolerância e da dignidade de todos os seres humanos.”

O presidente destacou os pontos em comum entre os Estados Unidos com o Islã, bem como os pontos em comum entre as três religiões na Palestina, o Islã, os Cristianismo e o Judaísmo. Todos eles querem a paz. Disse ele: “Nós temos o poder de fazer o mundo que queremos, mas somente se tivermos a coragem de partir para um novo começo, tendo em mente o que está escrito. O Sagrado Alcorão diz: "Humanidade! Nós vos criamos homem e mulher; e vos fizemos em nações e tribos para que possais conhecer um ao outro". O Talmude diz: "Toda a Torá tem como objetivo a promoção da paz". A Bíblia Sagrada diz: "Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus". Os povos do mundo podem conviver em paz. Sabemos que esta é a visão de Deus. Agora esta deve ser a nossa missão aqui na Terra.”

Obama falou também sobre a religião. Leia essa parte de seu discurso: “O quinto tema que devemos abordar juntos é a liberdade religiosa. O Islã tem uma orgulhosa tradição de tolerância. Ela pode ser vista na história da Andaluzia e de Córdoba durante a Inquisição. Testemunhei esta tolerância em primeira mão quando era criança na Indonésia, onde os devotos cristãos desfrutavam da liberdade de culto num país de esmagadora maioria muçulmana. Este é o espírito que necessitamos hoje. As pessoas de todos os países devem ser livres para escolher e professar sua fé com base na persuasão do intelecto, do coração e da alma. Esta tolerância é essencial para a prosperidade da religião, mas ela enfrenta atualmente muitos desafios.

“Entre alguns muçulmanos, existe uma tendência perturbadora de medir a própria fé pela rejeição da fé de outra pessoa. A riqueza da diversidade religiosa deve ser sustentada - seja para os maronitas no Líbano ou para os coptas no Egito. Se formos honestos nestas pretensões, devemos também selar as cisões também entre os muçulmanos, pois a divisão entre sunitas e xiitas levou à uma violência trágica, especialmente no Iraque.
“A liberdade religiosa é fundamental para a capacidade de convivência dos povos. Precisamos examinar todas as maneiras de protegê-la. Nos Estados Unidos, por exemplo, a legislação que rege as doações de caridade dificultam para os muçulmanos o cumprimento das suas obrigações religiosas. É com isso que estou comprometido a trabalhar com os muçulmanos americanos para garantir que eles possam contribuir com o zakat.

“Da mesma maneira, é importante que os países ocidentais evitem impedir os cidadãos muçulmanos de praticar sua religião como bem entenderem - ditando, por exemplo, o vestuário de uma mulher muçulmana. Não podemos disfarçar com supostas pretensões liberais a hostilidade diante de uma religião.

“Na verdade, a fé deveria nos aproximar. É por isso que estamos estabelecendo projetos de serviço social nos Estados Unidos para promover a aproximação entre cristãos, muçulmanos e judeus. É por isso que damos as boas-vindas a iniciativas como o diálogo inter-religioso proposto pelo rei Abdullah, da Arábia Saudita, e a liderança turca da Aliança das Civilizações. Em todo o mundo, podemos transformar o diálogo em serviço comunitário inter-religioso, para que as pontes entre os povos levem à ação - seja no combate à malária na África, ou na prestação de ajuda humanitária após um desastre natural.”

Os discursos de Obama e de Bento XVI estão se sincronizando. Os dois falam de tolerância, de diálogo entre civilizações, diálogo inter-religioso, de novo começo, de busca da paz. E Obama está tendo a grande capacidade de fazer proposições para a paz. Bento XVI já tem a sua proposição: a santificação do domingo para reabilitação da família no mundo em busca da formação de um novo cidadão global, que vive para a paz.

São dois poderes que agora trabalham em uníssono pela “paz e segurança” no mundo, pelo que sabemos que a vinda de nosso Senhor está muito próxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Puxa, Pr. Douglas, não conhecia ete pronunciamneto de Obama... fiquei surpresa... na verdade, fiquei feliz em saber que Jesus está cada vez mais perto de voltar!!!

Talita