quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PAIXÃO INFINITA


O meu coração não conhece o sempre,
Não podendo pensar em algo intérmino.
Meus olhos andam como duas folhas
– Caem cessando o vento e pára o tempo.

Porém uma migalha do infinito
Caiu sobre mim desde muito cedo
E aprendi através dela a amar,
Embora não conheça tanto o amor.

Quando a casca do céu rubro é quebrada
E a noite vem à tona triunfante,
Há no pulsar silente das estrelas
Mil tambores sentindo assim o amor.

Quando as pétalas fofas das roseiras
Brilham como rubis de sentimentos;
As nuvens no céu dançam dando festas
E nada mais existe fora o amor.

Amor não é olhar, não é querer,
Ou provar de prazeres passageiros;
Amor é revestir-se do infinito
(E só o infinito acresce a experiência).

Assim, meu Deus, eu só posso te amar
Com o frágil amor semi-infinito
E perceber em troca desse amor
Um sol de verdadeiro e imenso amor.

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