quinta-feira, 31 de maio de 2012

IDOLATRICAMENTE

Trago ídolos de barro: em meio ao caminho os pus,
Enciumando o Deus Vivo. A consciência gasta
Grita para mim mesmo um derradeiro basta
Quando a miséria da alma é patente a olhos nus.

Ó Deus iconoclasta: arrasa o que seduz
Meu coração de extremo apetite! Hoje afasta
Os ídolos de mim. Tu, Deus iconoclasta,
Forma na alma a perfeita imagem de Jesus.

A abrangência dessa ânsia idolátrica enterra
E em seu lugar suscita amor, firme e exclusivo,
Amor que, contra o mal, se erga em contínua guerra.

Revela quem és, para em gratidão te amar,
E impeça que meu olho enxergue em ti, Deus Vivo,
Barro que traga à vista outro ídolo do lar.

terça-feira, 29 de maio de 2012

ARAUTOS DA INOVAÇÃO: QUARTETO ARAUTOS DO REI INOVA NA TEMÁTICA

Pretendo ainda comentar sobre a fase atual do Quarteto Arautos do Rei, ícone da música adventista do Brasil. Ninguém precisa concordar com todas as escolhas de gênero musical do novo arranjador do grupo, o músico Ricardo Martins, para reconhecer um de seus maiores méritos: a exploração de temas ligados ao coração do adventismo.
O novo CD do celebrado quarteto é um exemplo disso. Intitulado Ainda existe graça, esse trabalho dos Arautos possui letras preciosas. Em quase todos os momentos, ouvir as músicas nos remete ao livro de Apocalipse. No ano de promoção do livro A Grande Esperança, um CD tão alinhado com a escatologia da igreja é uma excelente surpresa.
Abaixo, a música que mais me emocionou. Além da letra comovente e teologicamente rica de Fernando Iglesias, que integrou o quarteto (tanto como barítono, quanto como orador do grupo, em épocas diferentes), as minúcias e requintes da orquestração são um destaque. A nota final emitida pelo baixo, Milton Andrade, é um caso à parte: não me lembro de algo assim tão grave, e olha que baixos profundos, do quilate de Roberto Conrad Filho e Juan Salazar, já passaram pelos Arautos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O CORAÇÃO VAZIO DA FÉ


Discutir evangelismo no contexto pós-moderno tornou-se um exercício dialético e missiológico dos evangélicos norte-americanos. Não que a discussão seja de todo desnecessária; apenas alguns de seus contornos se mostram equivocados. A preocupação válida é básica: a busca por um modelo de evangelização para o século XXI implica não só na sobrevivência da verdadeira vocação na igreja, mas serve de termômetro para se avaliar a identificação dos cristãos com o desejo de Jesus: salvar o perdido.
Vale ressaltar que outros segmentos cristãos demonstram a mesma apaixonada preocupação com a questão da evangelização – e outros equívocos igualmente flagrantes. Entre os cristãos católicos, talvez mais do que há 50 anos, a missão vem ganhando destaque. Infelizmente, sob fundamentos fajutos e pouco confiáveis.
O artigo Cristianismo é uma questão de coração, assinado por Salvatore Martinez, presidente da renovação carismática italiana, é sintomático no quesito non sense: seu cristianismo apresenta, ao menos, dois problemas notáveis.
O primeiro, refere-se a apoiar-se em tradição insípida, extra-bíblica e, portanto, despida do poder que acompanha a verdadeira pregação bíblica. O conceito que perpassa todo o texto de Martinez admite o papel preponderante de Maria como exemplo dos cristãos que querem seguir a Deus de todo o coração, ao mesmo tempo em que ela aparece intimamente associada com Jesus. Senão, vejamos: “O coração de Jesus, que é o Espírito Santo, é o coração de Maria.” Ao tornar Maria a pedra de toque da experiência e uni-la inseparavelmente a Jesus, numa fusão que confunde seus papeis, a defesa de uma evangelização mariólatra desmantela a ênfase cristã, que admite uma renovação espiritual sim, mas oriunda e direcionada pela palavra de Deus.
Porém, o artigo falha em outro ponto igualmente crucial. A religião é nivelada a mera questão de coração, como se segue: “A Palavra de Deus é palavra de amor escrita para os homens; ela se adapta, natural e sobrenaturalmente, mais ao coração do que à mente.”
Obviamente, a contraposição entre mente e coração não é bíblica, porque muito do que a Bíblia atribui a coração englobaria o que chamaríamos de mente. Martinez acaba se contradizendo ao enfatizar acertadamente que é “o coração que pensa, que relê, que concebe projetos, que toma decisões, que assume responsabilidades, que encara desafios, que procura a fraternidade. É o coração que desempenha o papel central na nossa vida exterior e encarna a plenitude da vida espiritual e material juntas.” Ora, se esse é, de fato, o papel do coração, não estaria englobando o que em nossa cultura atribuiríamos a mente – ações como “pensar”, “reler”, “conceber projetos”, “tomar decisões”, “assumir responsabilidades”, etc? Vale lembrar: para a nossa cultura, coração representa sentimentos, afetos; para a cultura judaica, coração inclui vontade, decisão, a totalidade da vida. Afinal, qual das definições o autor defende? Se a ocidental, porque faz uso logo abaixo de uma concepção mais abrangente, próxima à bíblica? Se a oriental, qual a razão do falso dilema “coração”/”mente”?
Reduzir a religião à dimensão do coração e privá-lo dos domínios da razão (mente), parece-me trair a essência da fé cristã, que lida com persuasão, evidências e fatos concretos. Nunca a religião se pretendeu um estado mental próximo a um regozijo irrefletido, uma emoção embriagante e sem fundamentos seguros. Não seria promover um esvaziamento da fé afirmar que ela independe de fatos, principalmente daqueles que se acham atrelados indelevelmente ao drama bíblico, ou mesmo à experiência cristã ao longo da História?
Toda discussão para evangelização perante nossos desafios é relevante desde que se apoie na Bíblia e em um modelo de racionalidade cristã autêntico. Do contrário, cristianismo perderá seu diferencial no mercado pós-moderno, tornando-se uma névoa de espiritualidade banal entre outros sopros momentâneos que balançam as folhas das árvores de nossos dias…

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CASAMENTO HOMOSSEXUAL EM HQ DOS X-MEN


Depois de meses de rumores, enfim a Marvel Comics confirmou: Astonishing X-Men #51, a ser publicada em junho, realmente apresentará um casamento homossexual. O roteiro é de Marjorie Liu e a arte de Mike Perkins.
Como era de se esperar, o casamento será entre Estrela Polar e seu atual namorado, Kyle. Embora as HQs dos X-Men sempre tenham sido palco, de um modo ou de outro, de assuntos envolvendo o preconceito, algumas pessoas já torcem o nariz para a ideia, não por preconceito, mas por enxergarem na iniciativa só mais uma tentativa da editora em chamar a atenção, principalmente pelo fato da revelação ter sido feita num programa de TV.
Pelo menos desta vez a história não envolve nenhum personagem que se tornou homossexual “de repente”, ignorando sua história prévia. Estela Polar foi planejado como um personagem gay praticamente desde o início, mesmo que na época a Marvel tenha disfarçado as coisas. O herói chegou até a contrair AIDS, mas a editora optou por desviar o foco, inventando toda uma explicação pouco plausível que transformou Estrela Polar por algum tempo num elfo sofrendo de um tipo de doença mágica. Em 1992 enfim foi a lançada a história onde o herói assume publicamente seu homossexualismo.

[...]Fonte HQ Maniacs 

Sob pretexto de combater o preconceito, vários setores da mídia promovem conceitos favoráveis à plataforma homossexual. O problema é que isso chega às mãos de adolescentes de forma acrítica, como se fosse natural. Infelizmente, a influência dessas ideias se tornou tão disseminada que qualquer crítica ganha pecha de preconceito. Ainda assim, mais pessoas deveriam discutir se toda opção sexual é válida ou provém de algum de distúrbio fisiológico, psicológico ou da livre escolha equivocada de seres humanos pervertidos. Do contrário, a cultura seguirá unilateralmente em favor da homossexualidade, sem perceber seus danos morais e sociais...


ESTUDO BÍBLICO UNIVERSITÁRIO - TEMA 9

ORAÇÃO PLURALISTA

domingo, 6 de maio de 2012

5 ANOS DO BLOG QUESTÃO DE CONFIANÇA

A primeira meta desse blog foi divulgar o material que se tornaria o livro Paixão Cega. Mesmo transcorridos dois anos após a publicação do livro, o blog persiste. Ao longo desses cinco anos, e mais de 240.000 acessos, exposições relevantes, materiais para a igreja, devocionais e artigos de conteúdo teológico ou polêmicos têm sido veiculados e alcançado expressiva repercussão. Abaixo uma lista para relembrar alguns dos textos mais contundentes, espirituais e significativos postados em nossos 5 anos:


sexta-feira, 4 de maio de 2012

ENTREVISTA - O RESGATE DA VERDADE


Veja as apresentações em power point do estudo O Resgate da Verdade: