sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O TRONO DO SANTUÁRIO


As versões terrestres do santuário desempenham uma função importante no Antigo Testamento. Por versão terrestre do santuário incluímos (a) a tenda ou tabernáculo construído na época de Moisés; (b) o templo de Salomão e (c) o templo construído na época de Zacarias (ou segundo templo). O santuário nunca foi um lugar místico-sagrado, como se tivesse poder em si mesmo. Um templo era considerado pelas culturas antigas a casa ou o palácio das divindades. Entretanto, o santuário israelita jamais poderia servir para a habitação de um Deus tão grandioso como Yahweh (1 Cr 17:5-6; 2 Cr 6:18 – muito embora o santuário cumprisse a função de servir como habitação de Deus com Seu povo, o que se explica mais pelo aspecto relacional do que pela necessidade divina de ter onde morar, conforme Êx 25:8). Essa função relacional do santuário não consistia na única razão para que Deus ordenasse sua construção. Por meio das versões terrestres do santuário e suas cerimônias estava prefigurado o ministério de Cristo em seus múltiplos aspectos (Hb 8:6-7, 13; 9:8-10, 15, 23-26). O santuário foi dado como uma ilustração divina para o plano da salvação, além de ser uma ilustração do santuário celestial.
Dentro do grande conflito, o santuário celestial adquire uma função tática: dali se tomam as decisões na luta contra Satanás e sua causa.  No santuário celestial está localizado o trono de Deus (Ap 7:15; 8:3; 16:17; cf.: Ap 4-5). No Apocalipse, o trono parece ser a própria essência do santuário; se o santuário será transferido para a cidade santa (Ap 21:3), isso ocorrerá devido à transferência do trono para lá (Ap 22:3). Onde está o trono de Deus, está Seu santuário.
É importante ressaltar que o trono de Satanás é uma tentativa de criar um governo paralelo ao trono localizado no “monte santo da congregação” (Is 14:13) ou “monte santo de Deus” (Ez 28:14). Muitas vezes, a montanha é identificada com Yahweh e como local apropriada para o culto (Gn 22:2; 1 Rs 20:23; Sl 1211-2). Isso torna o ataque de Satanás um ataque contra o santuário. O plano da salvação é o contra-ataque divino à iniciativa da rebelião liderada por Satanás, da qual resultou o grande conflito. O plano da salvação consiste em um conjunto de ações dramáticas desempenhadas pelo próprio Deus a partir de Seu trono, ou seja, o plano da salvação se origina no santuário celestial.
Não é à toa que a doutrina do santuário seja tão negligenciada e combatida, porque as agências satânicas operam para que essa verdade (e as que gravitam ao seu redor) jamais cheguem ao conhecimento do pecador (Dn 7:25; 8:9-12; 11:31-32). Entretanto, de Seu trono Deus julga o universo, quer punindo os ímpios, quer garantindo a salvação dos santos (Dn 7:9-10, 26-27; Ap 6:16; 7:10-12, 15, 17). A partir do trono que está localizado no santuário, Deus reivindica Seu caráter e autoridade, punindo a presunção satânica de exercer uma autoridade rival (Ap 13:2; 16:10).

Por isso, de uma perspectiva escatológica e estritamente pessoal, Asafe pode encontrar a chave para as aparentes injustiças do mundo olhando para o santuário (Sl 73:16-17). O santuário é a chave para o grande conflito. Ele aponta para o juízo escatológico e isso nos dá a certeza de que as ações dos justos nesse mundo serão recompensadas. De Seu trono no santuário, Deus prepara o desfecho do grande conflito, reivindicando Seu caráter e julgando o mundo. Seu adversário será desmascarado e finalmente derrotado. Há esperança no santuário!

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O SANTUÁRIO: MENSAGEM PARA ESSE TEMPO


Lentamente, a vida cristã se dilui na cultura. Isso porque o que se entende por vida cristã é a visão evangélica do sacrifício de Cristo/justificação. A teologia evangélica, organizada em torno dessa visão, proporciona uma experiência cristã fragmentada. As doutrinas evangélicas, independente de quais ou quantas sejam, ficam deslocadas nessa estrutura. Isso porque a morte na cruz, nessa versão reduzida ao mínimo possível, se torna um elemento desagregador da doutrina. Não precisamos crer em muitas coisas ou mudar muitas coisas em nossa própria vida quando fomos gratuitamente perdoados de todo pecado.
Como essa compreensão não é bíblica, nem muito menos sólida, ele naturalmente recai para uma versão da graça barata. Não adianta apelar para o papel da obediência na vida cristã sem uma compreensão mais ampla do plano da salvação. Somente a visão bíblica do santuário celestial/santificação proporciona condições para uma vida cristã coerente e transformadora. A salvação deixa de ser veiculada a um evento passado, passando a pertencer à esfera presente. Deus opera no presente na vida do cristão por meio de Sua atuação no santuário celestial. É a contínua intercessão de Cristo (Hb 7:25) que aplica a expiação realizada completamente na cruz. Em outras palavras, o santuário torna efetivo o sacrifício de Cristo na vida do pecador.
Obviamente, as duas etapas do ministério de Cristo só devem ser separadas para fins didáticos. Em realidade, ambas se completam. O exemplo para entender essa intrincada relação é o sistema sacrifical do Antigo Testamento. O sacerdote só pode entrar no santuário com o sangue do sacrifício realizado. Mesmo o sumo-sacerdote entra no compartimento conhecido como lugar-santíssimo no dia da expiação apenas depois de ter realizado um sacrifício. Se o trabalho pelo pecador se resumisse ao sacrifício oferecido, Deus teria pedido a construção de um santuário em vão (Êx 25:8)! Se o sacerdote pudesse entrar no lugar santo sem sangue, a construção do altar e a ordem de sacrificar animais seriam inúteis. Os sacrifícios e a intercessão dos sacerdotes na tenda não eram apenas ações consecutivas como estritamente vinculadas entre si e necessárias para redimir. A morte de Cristo na cruz e Seu ministério sacerdotal no santuário (as duas fases) não podem ser separados – uma parte está vinculada à outra, sendo ambas necessárias para redimir o homem.
Quando essas duas etapas, relacionadas à salvação passada e à salvação presente são devidamente compreendidas, nenhuma área da vida fica fora do evangelho. O plano divino é transformar por completo a existência humana manchada pelo pecado. Para isso, o santuário serve como uma estrada de mão dupla: por meio de Cristo, temos acesso a Deus e, por meio dEle, Deus tem acesso a nós. O direito para ser nosso Intercessor Jesus o conquistou pela cruz. Logo, o santuário não é um meio de diminuir ou desprezar a obra vicária do Salvador na cruz, mas uma forma de exaltá-la e elevá-la à máxima importância.
Como o santuário se relaciona com a diluição da vida cristã? O ministério de Cristo no santuário (obra realizada no presente) corresponde ao processo de santificação (efeito de sua obra por nós no presente). Relacionando a Obra de Cristo com o plano da salvação, podemos entender que a salvação não termina no passado, na cruz. A salvação segue em desenvolvimento, renovando-se a cada dia. A vida cristã torna-se dinâmica e contínua. Aqueles que foram salvos (justificação) por meio da cruz agora se mantém salvos (santificação) por meio do santuário. O ministério de Jesus pelo pecador no santuário celestial impede que a vida cristã seja diluída pela cultura, tradição, inclinações pessoais ou quaisquer outros elementos. Isso não significa perfeição absoluta – algo impossível de se atingir na existência presente. Ao contrário: o cristão terá desafios e quedas, porém seguirá com o alvo adiante de si e as ferramentas necessárias para continuar crescendo na graça de Deus.


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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

EQUÍVOCOS SOBRE A SANTIFICAÇÃO



Alguns erros são persistentes quando o assunto é santificação. Talvez por conta disso, algumas pessoas tenham um conceito ruim do processo. Para evitar mal entendidos e, na esperança de promover a santificação, é necessário rever dois conceitos equivocados:
(1) A santificação não é salvação pelas obras: alguns entendem que, enquanto a justificação é a obra que Cristo realizou por mim na cruz, a santificação é minha parte no processo. Obviamente, todo o processo de salvação é feito com a colaboração humana. Dizer o contrário, seria estabelecer que Deus nos salva contra nossa vontade. Agora, a confusão surge na hora de se estabelecer o que compreende a colaboração humana. Se a salvação possui três tempos – passado (justificação), presente (santificação) e futuro (justificação) – precisamos verificar como o gênero humano interage em cada etapa.
Na justificação, a parte humana reside em (a) aceitar a obra do Espírito, que o convence do pecado (Jo 16:8), (b) o que conduz ao arrependimento (Rm 2:4; At 5:31; 2 Co 7:10; cf.: Mt 9:13; Mc 2:17; Lc 15:17; At 2:38) e consequente (c) recebimento de Jesus como Salvador (At 16:31, Rm 5:11; 10:9; cf.: Jo 4:42; At 5:31; 13:23; 1 Tm 4:10; 2 Tm 1:10; 1 Jo 4:14). Essas etapas e o que nelas está implícito constituem um passo de fé. A fé surge como consequência da atuação do Espírito, que desperta em nós confiança no testemunho dado pela Palavra de Deus (Ef 1:13; 6:17; cf.: para outras relações, ver Ag 2:5; At 10:44; 1 Co 12:8). A Palavra é o meio principal pelo qual o Espírito Se comunica conosco (2 Pe 1:20-21; cf.: Mr 12:24). Ao aceitar a Cristo, o fazemos com base no testemunho das Escrituras (1 Co 15:3; 1 Tm 3:15).
Na santificação, a parte humana reside (a) receber graça para uma vida vitoriosa (o batismo diário do Espírito Santo: Jo 1:33; Rm 1:4; 6:19, 22; 1 Co 6:11; 1 Pe 1:2), (b) atuar (pensar, agir, falar) como um agente espiritual, um súdito do Reino de Deus (Hb 12:14, (c) escolher estar instante a instante em comunhão com Deus (1 Co 1:9; e (d) reformar aspectos da vida de acordo com as diretrizes da Palavra (Ef 5:25-26; 1 Ts 4:3-4, 7). A santificação é um processo contínuo de viver pela fé sob a intercessão do Salvador vivo e atuante no santuário celestial.
Na glorificação, todo o preparo de uma vida será coroado pela recompensa de ver o Salvador vindo nas nuvens. Pode-se falar em recompensa, um termo bíblico (Sl 58:11; Pv 12:14; Mt 10:41-42; Lc 6:35; Jo 4:36; Cl 3:24; Hb 10:30, 35; 11:26; 2 Jo 8; Ap 22:12), o que não implica em méritos próprios, mas em abertura e correspondência – uma vida aberta à influência do Espírito (que Se comunica prioritariamente pelo cânon) e que correspondeu, ou seja, seguiu a direção do Espírito em exercício de fé.
Assim, a salvação como um todo (e a santificação em particular) acontece por meio da fé, com a participação ativa do ser humano, como aquele que recebe a graça e coopera pela fé (Hb 13:12). Jamais se pode conceber qualquer etapa do processo de salvação como dependente do esforço, dignidade ou boa vontade do ser humano. Apenas pelo poder divino em nós somos habilitados a corresponder à graça concedida, em atos de fé;
(2) santificação não resulta em impecabilidade na experiência atual: a luta contra o pecado certamente faz parte da salvação: Não podemos jamais nos conformar com qualquer prática ou pensamento pecaminoso, sem o risco de perder a salvação. Uma vida transformada por Cristo implica em transformação que habilite obediência (Rm 13:14) Entretanto, a natureza humana continuará sendo a mesma – pecaminosa.
Adão, ao pecar, foi afetado pelo pecado em todos os aspectos de Sua natureza. A queda trouxe efeitos físicos, mentais e espirituais. Jesus, ao vir ao mundo, embora não tivesse desejos pecaminosos ou mesmo inclinação para pecar (Hb 7:26; 9:14; 1 Pe 1:19), foi afetado física e mentalmente pelo pecado, tornando sua obediência mais difícil do que a de Adão (Fl 2:7-8). Ao contrário de Jesus, nós temos inclinações pecaminosas, que nos impedem de viver totalmente isentos do pecado (Rm 7:25) Afirmar a possibilidade de perfeição absoluta na atualidade é desconhecer os efeitos do pecado na humanidade e o próprio grau de degradação em que estamos. Por isso, a santificação exige uma constante tensão: viver contra o pecado, sabendo que a vitória absoluta será alcançada apenas na vinda de Cristo.
Assumir a impecabilidade pode trazer extrema frustração para a vida cristã, porque se estabelece um alvo intangível. Viver em santificação não significa a impossibilidade de recorrer a Cristo, como se a busca pelo perdão pertencesse exclusivamente à etapa anterior, à justificação. Quando alguém que já aceitou o perdão de Cristo na cruz (justificação) torna a pecar, não significa que voltou uma casa atrás do jogo; a santificação nos dá acesso ao perdão e à intercessão do Sumo Sacerdote Jesus (1 Jo 2:1; Hb 4:14-16). Somos renovados e restaurados, porque a santificação é uma caminhada pela fé, realizada por pecadores que estão se assemelhando a Cristo em caráter (2 Pe 3:18). O fim da jornada é a volta de Jesus e ali o povo de Deus já não será constituído por pecadores, mas por redimidos que venceram o pecado pelo sangue do Cordeiro (Ap 7:14; 14:1-4). Assim se pode dizer que a santificação resulta em impecabilidade na experiência futura (1 Pe 1:4-5; 1 Jo 3:1-2) – jamais na atual (1 Jo 1:8, 10).
Até lá, o que Deus requer de nós é maturidade (Gn 17:1; Dt 18:13; 2 Sm 22:26; Mt 5:48; 1 Co 1:8). Maturidade espiritual não difere muito do conceito geral de maturidade no que se refere aos requisitos básicos para a aquisição: tempo e experiência. Uma vida cristã madura é o alvo da santificação (Fl 3:12; Co 1:28; 2 Tm 3:17) e exige constante comunhão com Deus para ser atingida.
Compreender o que a santificação não é torna mais fácil evitar os preconceitos e temores relacionados a ela. Assim fica aberto também o caminho para entendê-la com maior clareza.


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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

MOTIVO PARA A FRAQUEZA DO CARÁTER CRISTÃO DE NOSSA ÉPOCA


Qual a relação da experiência da salvação com o ministério de Jesus? Por ministério de Jesus, compreende-se três fases básicas: (1) Seu ministério terrestre, que culmina em Sua morte e ressurreição; (2) Sua ascensão e ministério no Santuário celestial (que inclui a fase no lugar santíssimo, a partir de 1844); e (3) Seu glorioso retorno. Essas três fases ocorrem em três tempos distintos: (1) o ministério terrestre se deu no passado; (2) o ministério no santuário ainda ocorre, relacionando-se com o presente; (3) Seu retorno, a parte final de Seu papel como Salvador, se dará no futuro. Portanto, qual a relação da salvação com o ministério de Jesus, o qual ocorre em três tempos?
Responder essa pergunta requer um entendimento amplo da salvação. Se a salvação fosse um ato pontual, um evento histórico único, não teria correspondência com todo o plano da salvação. Se a salvação fosse relacionada ao passado, desconsiderando os demais tempos, se restringiria à justificação. Exatamente isso acontece com a teologia evangélica, desde os dias de Lutero. Ao restringir a salvação ao passado, ligando-a à cruz, ela se torna uma experiência história, um evento, não um processo contínuo que afete a vida do cristão na atualidade. A atualização da salvação é uma questão de memorialismo, que pode dar lugar a cerimônia que relembre o que Cristo fez, dando espaço à teologia sacramental. Por outra instância, se a salvação se referisse ao presente, ligada ao processo de juízo que Jesus realiza no Santuário celestial, poderia facilmente se desligar da cruz ou do retorno de Jesus, dando espaço para uma vida cristã focada em salvação pelas obras. Assim se ignoraria o ato de Deus em nos salvar. Finalmente, se a salvação se focasse apenas no futuro, no retorno de Jesus, desvinculada da cruz e do santuário, teríamos um cristianismo místico, sem maiores considerações em relação com a parte histórica e concreta do cristianismo; afinal, a escatologia só possui dimensão concreta enquanto escatologia iniciada, em associação com a história da salvação.
Para entender a relação da salvação com o ministério de Jesus, o qual ocorre em três tempos, é necessário compreender a salvação em três tempos.  A salvação não é um evento histórico único, mas um processo. A salvação é um processo composto por etapas que correspondem ao ministério de Jesus. A salvação pode ser dividida em três etapas: justificação, santificação e glorificação. Cada uma dessas etapas corresponde a um tempo: (1) a justificação é um evento passado – um dia se aceitou a Jesus como Salvador e se experimentou a salvação imediatamente; (2) a santificação é um evento presente – depois de se ter aceito a Jesus, se inicia a transformação operada pelo poder do Espírito, que nos conforma com as exigências da Palavra, nos tornando semelhantes a Jesus em caráter; (3) A glorificação é um evento futuro – uma vez que se aceita a Jesus e se passa toda uma vida para desenvolver um caráter semelhante ao dEle, finalmente se poderá vê-Lo voltando em glória, e se experimentará a transformação completa que livrará mente e corpo dos efeitos do pecado.
Sendo a salvação um processo, desenvolvido em três tempos, cada uma de suas etapas possui seu referencial na obra de Cristo: (1) a justificação, evento passado, se liga à cruz e ressurreição; (2) a santificação, evento presente, se liga à intercessão e juízo a partir do santuário; (3) a glorificação, evento futuro, se liga ao retorno glorioso de Jesus à Terra. De todos os momentos, o que mais nos interessa, para fins práticos, é a santificação, justamente por (a) se referir ao presente do cristão, ou seja, à sua experiência ordinária e cotidiana; (b) se referir ao presente de Cristo, ou seja, à etapa que presentemente Ele desenvolve em favor de Seu povo no santuário celestial. Assim, dentro da relação da salvação com a obra de Jesus, o ponto focal deve ser a relação da santificação com ministério de Jesus no santuário. A obra de Jesus no santuário é o elo que une Seu ministério terrestre com Seu ato final de Salvação, realizado em Seu retorno. A santificação é o elo que une a justificação passada com a glorificação futura. Quando se pensa em vida cristã, o mais natural seria pensar prioritariamente em termos de santificação e na dependência desse tipo de experiência com o ministério de Jesus no santuário. Infelizmente, ainda se pensa em vida cristã em termos de justificação, que, nos meios populares, praticamente resume o que significa ser um cristão (como determinado segmento evangélico norte-americano que se autodenomina “nascidos de novo”). Daí a fraqueza do caráter cristão de nossa época.

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